sexta-feira, 24 de julho de 2009

Galo x Fluminense

Ninguém na frente e agora com vantagem. Nesta quinta-feira, o Atlético-MG demonstrou força no Mineirão e derrotou o Fluminense por 2 a 1. os gols da partida só saíram na etapa final, com Serginho e Diego Tardelli, que marcaram em um intervalo de seis minutos. O atacante Kieza, que substituiu Fred na etapa final, diminuiu em um gol chorado aos 34.

O resultado, conquistado principalmente pela grande atuação do goleiro Aranha, deixa os atleticanos com 28 pontos, três a mais que o vice-líder Palmeiras. O Tricolor carioca, na reestreia do técnico Renato Gaúcho no banco de reservas, continua com dez, em 19º, na preocupante zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o Galo vai receber o Goiás, domingo, no Mineirão. No mesmo dia, o Flu encara o Cruzeiro, no Maracanã.


Feltri disputa com Fred. Atacante tricolor se machucou no início do segundo tempo
Os 15 pontos que separavam Atlético-MG e Fluminense no Brasileirão sumiram assim que a bola começou a rolar no Gigante da Pampulha. Não era mais o duelo entre o líder do campeonato e o vice-lanterna, mas de dois dos clubes mais tradicionais do país. O grito “Vai para cima deles, Galo!”, o mais tradicional da torcida atleticana, soou como uma ordem para os jogadores. Principalmente do lado direito de ataque. Os volantes Serginho e Márcio Araújo, este improvisado como lateral, imprimiram velocidade para tentar surpreender. Depois de duas tentativas, a defesa montada pelo técnico Renato Gaúcho, estreante da noite, se armou para bloquear a arma mais forte dos donos da casa. Diego Tardelli e Fred, artilheiros que são, assumiram a responsabilidade de conduzir as equipes. O atacante tricolor assustou primeiro. Aos 11, recebeu na esquerda, encarou a marcação do gigante Welton Felipe e bateu cruzado pela linha de fundo. A pressão na saída de bola tricolor quase deu resultado para o time de Celso Roth. Serginho roubou, cruzou para Tardelli na área, e Fernando Henrique cortou. No rebote, Eder Luís bateu forte, mas a bola subiu demais, aos 17. Eder teve uma chance mais perto do gol, aos 32. Ele recebeu lançamento, bateu de primeira, só que Fernando Henrique, novamente titular do Flu, defendeu com o pé. Fred também não dominou quando recebeu passe na entrada da área e bateu direto para o gol. Aranha defendeu em dois tempos, aos 34. Seria apenas a primeira de uma série defesas do arqueiro na partida. A boa marcação tricolor fazia o Atlético-MG rodar a bola e, em alguns momentos, não ter como jogar. Aos 44, mais uma vez com o pé, Fernando Henrique afastou o perigo após leve desvio de cabeça de Eder Luis. Insatisfeito com o time, Celso Roth queria invadir o campo. Quem invadiu foi um torcedor atleticano, que correu na direção de Tardelli e foi retirado por seguranças imediatamente. A cena encerrou um primeiro tempo de muita movimentação.


O primeiro lance do primeiro tempo poderia ter mudado o resultado do jogo se Aranha não fosse o goleiro do Atlético. Antes de dois minutos, Fred recebeu cruzamento na área, desviou de cabeça, no cantinho, mas Aranha buscou bonito no chão. Era uma noite de inspiração dos goleiros. Aos seis, Júnior cobrou falta direto para o gol, mas Fernando Henrique estava atento para afastar o perigo. Aos nove, o Fluminense perdeu seu principal destaque até então. Fred cobrou falta de longe e sentiu uma lesão na virilha direita. Como não teve condições de continuar em campo, foi substituído por Kieza.

O Galo voltou a crescer e a pressionar, mas a abertura do placar veio num lance de sorte. Aos 14, Thiago Feltri arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e sobrou limpa para Serginho quase na pequena área. Meio sem jeito, o volante cabeceou, a bola quicou no gramado, pegou um efeito incrível e entrou. Gol chorado...Em desvantagem, o Tricolou deu início ao bombardeio. Aranha deve ter ficado com as luvas quentes de tanto ser testado. Em três chutes seguidos, parou Conca, Tartá e Kieza. Fernando Henrique não teve o mesmo desafio e sofreu mais. Aos 20, Feltri cruzou na área, Luiz Alberto não conseguiu cortar, e Tardelli, matador que é, só escorou. Explosão alvinegra em um Mineirão com quase 50 mil torcedores. O camisa 9 chega a oito gols no Brasileirão e é vice-artilheiro.

A sorte de Aranha falhou por um minuto. Aos 34, ele espalmou chute rasteiro de longe, Tartá, que voltava de impedimento, aproveitou o rebote e cruzou para a pequena área. O atacante Kieza dividiu com o volante Renan, e a bola foi parar nas redes: 2 a 1. O gol deu esperanças aos tricolores e por pouco o empate não sai. Aos 45, Maicon acertou bela cabeçada, e Aranha, o nome do duelo, foi buscar. Festa do líder absoluto, e sinal de que Renato Gaúcho terá bastante trabalho pela frente.


Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 x 1 FLUMINENSE
Aranha; Márcio Araújo, Welton Felipe, Alex Bruno e Thiago Feltri (Wellington Saci); Jonílson, Renan, Serginho e Júnior (Evandro); Eder Luis e Diego Tardelli.
Fernando Henrique; Edcarlos (Cássio), Maicon, Luiz Alberto; Ruy, Diguinho, Conca, Wellington Monteiro e João Paulo; Tartá (Marquinho) e Fred (Kieza).
Técnico: Celso Roth.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Serginho, aos 14, Diego Tardelli, aos 20, e Kieza, aos 34 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego Tardelli, Welton Felipe e Evandro (Atlético-MG); Conca, Wellington Monteiro, João Paulo e Ruy (Fluminense).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 23/07/2009. Árbitro: Wilson Luiz Seneme. Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Altemir Hausmann (RS).



Vídeos do Jogo :





domingo, 19 de julho de 2009

Melhores momentos: Vitória 0 x 0 Atlético-MG pela 12ª rodada do Brasileirão 2009

Galo empata no sufoco no Barradao.

Atacante Roger, do Leão, é o personagem da partida com três chances claras perdidas


Não foi por falta de oportunidades, mas o duelo entre Vitória e Atlético-MG, neste domingo, no Barradão, pela 12ª rodada, terminou sem gols. O atacante rubro-negro Roger, um dos artilheiros do Brasileirão, perdeu três chances claras e teve uma tarde infeliz. Com o resultado, o Galo chega a 25 pontos e recupera a liderança do campeonato. O Leão tem 21, em quarto.


Na 13ª rodada, os dois times jogam na próxima quinta-feira. O Vitória visita o Corinthians, em São Paulo, enquanto o Atlético recebe o Fluminense, em Belo Horizonte


O duelo entre baianos e mineiros começou chatinho, chatinho. Talvez por respeito demais ou excesso de cautela, niguém arriscou muito para não perder terreno. Mas como a vitória era importante para os dois lados, não dava para esperar muito tempo. Era hora de agir. Então, que o primeiro passo fosse dos donos da casa. Aos nove minutos, Leandro Domingues ganhou a dividida com Jonílson no meio-campo e lançou Apodi na área. O toquinho, de bico, na saída do goleiro Aranha, saiu torto.


O lance indicou a tendência da etapa inicial. Pelas laterais, as duas equipes chegavam com facilidade e perigo, mesmo que fosse para arriscar um chute de longa distância, como fizeram o meia Evandro e o volante Jonílson para o Galo, aos 11 e aos 14. Nas duas tentativas, Viáfara se assustou.


Os atacantes também viveram momentos de ponta, especialmente o atleticano Eder Luis. Do lado rubro-negro, Roger avançou pela esquerda, cruzou certinho para o centro da área, mas Apodi não chegou, aos 15.Aos 26 Éder Luís , perdeu chance clare de gol passando por dois jogadores do Vitória.


De volta à grande área, Roger, artilheiro do campeonato ao lado de Felipe, do Goiás, com oito gols, recebeu cruzamento e guardou, aos 43. A arbitragem anulou corretamente, já que o atacante estava adiantado. O placar sem gols já não correspondia ao bom futebol apresentado pelos.


Na volta do intervalo, ninguém quis saber de estudar o adversário. Assim como no primeiro tempo, o Leão tomou a iniciativa. A primeira mudança foi na postura tática. Paulo César Carpegiani adiantou a marcação do Rubro-Negro para apertar a saída de bola do Galo. A equipe de Celso Roth teve dificuldades para chegar ao ataque e quase foi surpreendida.

Aos cinco, Leandro Domingues fez jogada de craque. Ele dominou no meio, chapelou Jonílson e rolou para Roger como quem diz: faz! O goleador, sem qualquer marcação, bateu rasteiro, e Aranha caiu para fazer uma defesa de cinema. O nível da partida ficou fraco, mas o Vitória continuava perigoso.


Aos 16, Roger teve nova chance, mas outra vez parou em Aranha. O duelo estava travado e com ampla vantagem para o goleirão alvinegro. Se por baixo não dava certo, que tal tentar pelo alto? Dez minutos mais tarde, foi o que fez o goleador. A cabeçada saiu com estilo, mas Aranha continuava bem colocado. Quando finalmente parecia que o arqueiro seria batido e o atacante levaria vantagem, eis que a trave do Barradão entrou em cena. Aos 30, o chute com o pé esquerdo tirou a bola do camisa 36, mas não do poste .


A pressão rubro-negra não cessou. Aos 36, Bida cobrou falta de longe, Aranha deu rebote, e a bola sobrou limpa para Apodi. De tão fácil, o lance ficou difícil. O lateral-direito bateu de primeira, com a esquerda, e isolou. O placar sem gols tira os 100% de aproveitamento dos leoninos em casa e devolve a liderança do Nacional ao Galo .


Ficha técnica:

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Melhores momentos: Atlético-MG 2 x 0 São Paulo pela 11ª rodada do Brasileirão 2009

Em semana repleta de comemorações, Galo vence o atual campeão Brasileiro

Festa atleticana: liderança no Brasileiro, rival derrotado na Libertadores

1 tempo

O Atlético teve um início arrasador e, logo no primeiro minuto, Diego Tardelli tomou a bola do zagueiro no ataque, invadiu a área e finalizou com força para inaugurar o marcador: Galo 1 x 0.

Aos nove minutos, depois de ótima virada de jogo de Eder Luis, Thiago Feltri cruzou pela esquerda e Tardelli cabeceou para fora, rente à trave. O Galo seguiu pressionando e teve outra oportunidade quando Thiago Feltri sofreu falta na entrada da área e Diego Tardelli cobrou por cima do gol.

O Alvinegro dominava completamente a partida e, aos 22 minutos, Eder Luis recebeu grande passe de Tardelli na grande área e foi travado no momento da conclusão. Depois de dois escanteios não aproveitados pelo Atlético, o São Paulo levou perigo pela primeira vez no chute de fora da área de Jorge Wagner, por cima do gol.

O Galo respondeu de imediato com Júnior, também em chute de fora da área, defendido por Denis. Aos 31 minutos, Carlos Alberto sofreu falta pela direita, Júnior fez o levantamento para a área e a zaga adversária fez novo desarme. Aos 34, o time paulista ameaçou em cruzamento pela esquerda e Aranha fez boa defesa depois que a bola desviou na defesa e tomou a direção do gol atleticano.

O Galo voltou a levar perigo em lance pela esquerda. Depois do cruzamento de Thiago Feltri, Carlos Alberto dividiu com Dênis e conseguiu desviar a bola para o gol, mas a arbitragem assinalou falta no goleiro. Já nos descontos, Eder Luis sofreu falta pela esquerda, Júnior levantou na área e Dênis tirou de soco, no último lance da etapa inicial.

2 tempo

O Atlético retornou do intervalo sem alterações e chegou pela primeira vez na tentativa de enfiada de bola de Júnior para Eder Luis, interceptada pela defesa tricolor. Aos quatro minutos, Eder Luis recebeu lançamento pela direita e cruzou para Tardelli na segunda trave, mas o artilheiro errou a finalização.

Aos sete minutos, Serginho arrancou pela esquerda, tabelou com Eder Luis e tocou no canto esquerdo do goleiro para incendiar o Mineirão com um belo gol: Galo 2 x 0.

O São Paulo tentou reagir em chute de longa distância e Aranha fez boa defesa no canto esquerdo. Pouco depois, o Atlético teve um gol anulado após cruzamento de Eder Luis pela direita e conclusão de Tardelli, que teve posição irregular assinalada.

O Galo continuou pressionando e quase fez o terceiro no passe de Tardelli para Carlos Alberto, que estava pressionado pelo zagueiro e concluiu para fora. Em seguida, o técnico Celso Roth promoveu outras duas alterações, substituindo Serginho e Eder Luis por Marcos Rocha e Alessandro, respectivamente.

Aos 39 minutos, o Galo teve dois escanteios a seu favor, um em cada lado, mas não conseguiu aproveitar. Nos minutos finais, aos gritos de olé, o time atleticano cadenciou a partida e assegurou a vitória que lhe devolveu a liderança do Campeonato Brasileiro.
Galo 2 x 0 São Paulo

Motivo: 11º rodada do Campeonato Brasileiro 2009

Data: 16/07/2009

Local: Estádio Mineirão

Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (FIFA-RS) Auxiliares: José Antônio Chaves Franco Filho (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS)

Público: 54.214 - Renda: R$ 756.818,00

Gols: Diego Tardelli(1),Serginho Mineiro (52).

Cartões Amarelos: Diego Tardelli (Atlético), Jorge Wagner (São Paulo/SP), Borges (São Paulo/SP).

Cartões Vermelhos: Não houve.

Atlético: Aranha, Alex Bruno, Werley, Welton Felipe, Carlos Alberto, Jonílson, Serginho Mineiro (Marcos Rocha), Júnior (Evandro), Thiago Feltri, Eder Luis (Alessandro), Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth

São Paulo/SP: Dênis, Zé Luis ( Richarlyson), Jean Rolt, Miranda, Júnior César, Eduardo Costa, Jean, Jorge Wagner (Oscar), Dagoberto, Borges, Hugo ( Hernanes).
Técnico: Ricardo Gomes

domingo, 12 de julho de 2009

Os Gols e os melhores momentos de Galo 3 x 0 Mariada

Galo goleia, e retoma liderança.


Atlético-MG bate reservas do Cruzeiro, dá fim a jejum e retoma a liderança.

Galo faz 3 a 0 e ultrapassa o Internacional. Jogo tem a expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro




Acabou a agonia. A segunda-feira vai ser mais leve para jogadores e torcedores do Atlético-MG. Depois de ficar dois anos e cinco meses sem derrotar o Cruzeiro e ouvindo todos os tipos de provocação, o time do técnico Celso Roth derrotou o maior rival neste domingo, por 3 a 0, no Mineirão, pela décima rodada do Brasileiro. O incômodo jejum atleticano durava 12 jogos (dez triunfos celestes e dois empates). E não foi só isso. Com o resultado, o Galo retomou a liderança do Nacional, com 21 pontos, beneficiado pela vitória do Atlético-PR sobre o Internacional, em Curitiba. O time estrelado continua com dez, em 16º. Por conta da decisão da Libertadores, o técnico Adilson Batista escalou um time reserva e foi obrigado a usar garotos da base e atletas que se recuperaram de lesões recentemente. O Galo tratou de aproveitar a chance de tirar um enorme peso das costas. Júnior, Alessandro e Eder Luis fizeram os gols. No próximo domingo, a Raposa pega o Corinthians, no Mineirão, pela 12ª rodada. Antes, fará o jogo mais importante da temporada até então. Na quarta-feira, também no Gigante da Pampulha, encara o Estudiantes, da Argentina, no segundo e decisivo jogo da Libertadores. Em La Plata, houve um empate sem gol. O Galo volta a campo na quinta-feira, contra o São Paulo, em Belo Horizonte. Cruzeiro 'começa' com dez e não suporta pressão do Galo Incríveis 12 segundos. Foi o tempo da expulsão do atacante Zé Carlos, do Cruzeiro, no clássico. Ele acertou uma cotovelada no volante Renan, o árbitro Paulo Cesar Oliveira viu, não deixou passar e mostrou cartão vemelho direto. Foi a expulsão mais rápida do futebol brasileiro. O lance aumentou a carga de favorismo do Galo, que entrou em campo com força máxima diante de um mistão da Raposa. Ao contrário do esperado, a vantagem numérica não foi bem aproveitada inicialmente pela equipe de Celso Roth. Sem criatividade, o meio-campo não conseguia levar perigo ao rival. O atacante Eder Luis bem que tentou se deslocar pelas laterais do campo, mas sempre marcado por Neguete. Sem sofrer ameaças, o Cruzeiro passou a se arriscar nos contra-ataques. Aos 15, o garoto Diego Renan recebeu de Athirson na ponta esquerda, se livrou da marcação com um belo corte e cruzou na cabeça de Fabinho. O volante desviou bonito, mas a bola saiu caprichosa pela linha de fundo. Mas logo o Galo voltou a se impor. Aos 21, Tardelli tabelou bonito com Marcos Rocha. O garoto ficou livre para chutar, mas demorou e foi travado por Fabrício. O lance incendiou o duelo, e os atleticanos passaram a investir especialmente com cruzamentos para a área. Como não obteve sucesso pelas laterais, o trio ofensivo de Roth - Júnior, Tardelli e Eder - voltou a trabalhar pelo meio. Numa das tentativas, o primeiro ficou na cara do gol, mas bateu para fora com o pé direito, que não é o bom, aos 26. Irritado com Marcos Rocha, o técnico alvinegro tirou o lateral-direito da partida, aos 30 minutos, para dar lugar ao atacante Alessandro. Com a mudança, o volante Márcio Araújo foi deslocado para a função. Três minutos depois, a melhor chance do Atlético. Renan acionou na esquerda Thiago Feltri, que dividiu com a zaga. Júnior aproveitou o rebote e, mais uma vez com o pé direito, tentou colocar no cantinho de Andrey. Errou por muito pouco. A pressão do Galo cresceu e o gol só não saiu por falta de pontaria. Aos 36, foram duas chances seguidas desperdiçadas. Numa delas, Júnior tentou encobrir Andrey depois de uma confusão na área celeste e errou por muito. Ele teria uma nova chance. Aos 40, Eder Luis avançou pela direita, achou Tardelli certinho na área, mas o goleador furou e jogou de zagueiro. Sorte que o pentacampeão estava atento, e livre, para concluir no ângulo do gol cruzeirense com o pé direito: 1 a 0 O lance perturbou o Cruzeiro. Três minutos depois, o Atlético chegou mais uma vez pela ponta. Tardelli cruzou rasteiro da direita, e Fabrício furou feio ao tentar cortar, deixando Alessandro livre para fazer 2 a 0 para o Galo. A dificuldade do Cruzeiro por jogar com dez era evidente, mas não faltou valentia. Aos 46, Thiago Ribeiro cabeceou com perigo após cobrança de escanteio, mas Aranha estava atento. A pressão atleticana demorou, mas deu certo no primeiro tempo. Atleticanos pedem goleada que por pouco não sai O Atlético-MG voltou disposto a ampliar o placar e quem sabe tentar devolver o placar de 5 a 0 do primeiro jogo da final do Mineiro, no início do ano. Nas arquibancadas, os atleticanos pediam uma vitória por 6 a 0. Assim como no fim da etapa inicial, o lado direito era o mais explorado pelo Galo. Márcio Araújo, Alessandro e Eder Luis eram os que mais pintavam por lá. Aos 20, Alessandro avançou sem marcação e achou Eder Luis na entrada da área, mas o chute parou em Andrey, muito bem colocado. Mais preocupada com a decisão da Libertadores, na quarta, a torcida do Cruzeiro passou a cantar e mostrou até certo desinteresse pelo clássico. Em tom de provocação e apoio, gritava "olé" a cada vez que a posse de bola ficava com os jogadores celestes. O nível da partida caiu muito. Apesar de ter mais posse de bola, o Galo pouco ameaçava e encontrava dificuldade frente à forte marcação celeste. A segunda jogada que levantou a torcida só foi criada aos 30 minutos. Alessandro recebeu cruzamento na área, mas cabeceou na rede pelo lado de fora. Sem o peso do jejum sobre as costas, a torcida atleticana provocou aos gritos de "o freguês voltou!". O time de Adilson Batista aceitou a derrota e sentiu o desgaste físico por jogar toda a partida com dez em campo. Como não tinha nada com isso, o Galo aproveitou para ampliar no fim. Aos 43, em lançamento para Eder Luis, o goleiro Andrey tirou com o peito, mas a bola sobrou para o atacante. Com calma, ele girou e fez um lindo gol por cobertura, de fora da área. Um golaço para lavar a alma dos atleticanos. Enfim, a tão esperada vingança foi conquistada.

domingo, 5 de julho de 2009

Galo, bobeia, e empata com lanterna.


No Mineirão, lanterna Botafogo impõe respeito e segura o líder Atlético-MG
Empate por 1 a 1, no entanto, mantém os cariocas no fim da tabela e o Galo na primeira colocação do Campeonato Brasileiro






O clichê é inevitável. Jogando como um legítimo líder, o lanterna Botafogo encarou de igual para igual o Atlético-MG, primeiro colocado, diante de 48.651 torcedores em pleno Mineirão, e conquistou o empate por 1 a 1, neste domingo, pela nona rodada do Brasileirão. Éder Luís, de cabeça, abriu o placar para os donos da casa, e Juninho, em cobrança de falta, garantiu a igualdade. O resultado mantém o Glorioso na última colocação, com apenas sete pontos, mas ao menos devolve a auto-estima, combalida após duas derrotas, e faz valer o discurso de diretoria, comissão técnica e jogadores, de que a equipe “não deve nada aos rivais”. Por outro lado, o Galo se isolou na liderança da competição, com 18 pontos, mas depende do resultado da partida entre Internacional e Náutico, nos Aflitos, para saber se mantém a posição.

Na próxima rodada, o Botafogo encara o Avaí, sábado, às 18h30m (de Brasília), na Ressacada, em Florianópolis. Já o Atlético-MG tem o clássico contra o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão.




O discurso repetido por Ney Franco durante a semana contagiou os jogadores, e o Botafogo começou a partida no Mineirão como se fosse ele o líder jogando em casa. Com uma marcação forte no campo de ataque, o Glorioso surpreendeu o Atlético e se manteve no campo ofensivo nos primeiros minutos. Faltava, no entanto, criatividade para furar a defesa adversária. Acuado, o Galo apostava na velocidade da dupla de ataque para respirar. E a tática deu certo. Aos oito minutos, Éder Luís recebeu passe de Tardelli pela esquerda, mas a bola foi parar nas mãos de Castillo. No minuto seguinte, foi a vez de Carlos Alberto aparecer bem pela direita. O lateral cruzou rasteiro, Leandro Guerreiro se atrapalhou todo e deixou a bola para Renan, que emendou de primeira e acertou Juninho. Mais participativo, Diego Tardelli segurava a bola no ataque e, aos 13, foi derrubado por Eduardo na intermediária. Júnior cobrou a falta, e Welton Felipe, em impedimento, escorou para fazer o gol, bem anulado pela arbitragem. Era, no entanto, o sinal de que o Atlético não se deixaria levar pelo ritmo forte do Botafogo. Aos 14, o primeiro gol do jogo. Com liberdade, Carlos Alberto apareceu bem novamente pela direita e fez o cruzamento. Na marca do pênalti, Éder Luís se antecipou a Emerson e cabeceou no canto esquerdo de Castillo, que só observou a bola balançar as redes.

A desvantagem não abateu os cariocas. E, assim como o Galo, o Botafogo chegou ao empate em uma jogada que se repetiu em um curto espaço de tempo. Aos 18, Juninho cobrou falta de muito longe e obrigou Aranha e fazer boa defesa, colocando a bola para escanteio. Dois minutos depois, Jean Coral aproveitou desatenção de Alex Bruno para chutar com perigo. Aos 22, porém, Juninho teve nova oportunidade em bola parada, na mesma posição da falta anterior, e não perdoou. Com um chute forte, no canto direito, ele superou Aranha: 1 a 1 no placar.




Com o meio-campo povoado pelo esquema 3-6-1, o Glorioso levava a melhor em todas as disputas de segunda bola e por pouco não virou aos 25. Alessandro e Renato fizeram boa tabela na entrada da área. O lateral recebeu cara a cara com Aranha, mas concluiu na rede pelo lado de fora.
Dono do jogo, o Botafogo se mostrava consistente na defesa, mas não encontrava os espaços no ataque. Enquanto isso, o Galo seguia se garantindo nas jogadas individuais. Aos 34, Márcio Araújo fez fila e foi derrubado por Eduardo na meia-lua. Júnior cobrou mal a falta e desperdiçou a boa chance. Foi o último lance de perigo de um primeiro tempo em que o lanterna jogou como líder.

Galo melhora rendimento, mas tropeça em casa

Na volta para o segundo tempo, Celso Roth mudou o Atlético taticamente e igualou as ações. Com a entrada de Julio César no lugar de Renan Oliveira, o treinador mandou três atacantes para cima dos três zagueiros do Botafogo e tornou a equipe carioca mais precavida. Logo aos quatro minutos, Julio César arriscou da entrada da área, mas pegou mal na bola. Três minutos depois, o atacante atleticano mais uma vez perdeu uma boa oportunidade. Ele recebeu passe de Tardelli na pequena área e errou o chute. E, com todo gás, Julio César infernizou a defesa carioca também aos oito. O atacante levou a melhor em disputa pelo alto com Eduardo e obrigou Castillo a sair do gol para fazer o corte. A essa altura, o Botafogo praticamente não tinha passado do meio-campo, em panorama inverso ao da primeira etapa. Deslocado para o meio-campo, Júnior arriscou de longe aos17, e Castillo fez a defesa. Dois minutos depois, o lateral pentacampeão pela seleção cruzou no segundo pau, Diego Tardelli escorou de cabeça, e Alex Bruno chutou mal, para fora. Tardelli era o atacante do Galo mais efetivo. Aos 21, ele soltou o pé da intermediária e o goleiro uruguaio do Botafogo ficou com a bola. Foi quando finalmente o time carioca assustou. Em disputa com Welton Felipe, Jean Coral foi derrubado no bico da grande área. Juninho cobrou a infração com força e acertou a barreira.

A partir daí, o jogo se manteve equilibrado. Solto para criar, Júnior levantou a bola na cabeça de Julio César, aos 31, mas o atacante concluiu mal. No contra-ataque, Tony avançou pela direita e cruzou para a área. Alex Bruno se esticou todo e, com a ponta da chuteira, impediu o gol de Laio, que já saltava para escorar de peixinho. Aos 33, mais um round do duelo entre Aranha e Juninho. Pela quarta vez o zagueiro teve boa chance em cobrança de falta, mas foi superado pelo goleiro do Galo.

E a partida seguiu monótona até os dois minutos finais, quando Diego Tardelli, em bela jogada individual, só parou na frente do goleiro Castillo, aos 47. No pique final, o Botafogo por pouco não alcançou a virada. Laio puxou contra-ataque com muita velocidade e rolou para trás. A bola passou por toda a zaga do Galo e chegou para Alessandro, que emendou e carimbou Welton Felipe. Lances que comprovam o equilíbrio do Brasileirão, onde, mesmo em confronto do líder contra o lanterna, tudo pode acontecer.


Fotos do Jogo :








Os gols :