domingo, 2 de maio de 2010

ATLÉTICO É CAMPEÃO APÓS VITÓRIA SOBRE IPATINGA





Atlético-MG derrota o Ipatinga e conquista título do Campeonato Mineiro pela 40ª vez

Diego Tardelli e Marques fazem os gols, e Galo levanta a taça no Mineirão






Foi um domingo para atleticano nenhum botar defeito. Com gols de Diego Tardelli e Marques, ambos no segundo tempo, o Atlético-MG venceu o Ipatinga por 2 a 0, no Mineirão, e conquistou o título do Campeonato Mineiro pela 40ª vez, abrindo cinco taças de vantagem em relação ao rival Cruzeiro. O Tigre lutou, marcou forte, atacou, mas não conseguiu vencer o seu segundo Estadual - o primeiro foi em 2005 (confira os gols do jogo no vídeo).

A festa em preto e branco começou nas primeiras horas do dia. O Mineirão apenas refletiu o sentimento de uma cidade. Desde a vitória sobre o Santos, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, o torcedor atleticano esperava o fim da decisão para soltar o grito de campeão, algo que não acontecia desde o Estadual de 2007.

Como o Galo já havia vencido a primeira partida, no Ipatingão, por 3 a 2, a vantagem era muito grande. O time alvinegro só perderia o título se fosse derrotado por dois ou mais gols de diferença. E os atletas do Atlético não deram a menor chance ao adversário. Com um futebol consistente, a equipe venceu o Tigre com muita propriedade.

Mesmo com o título, o técnico Vanderlei Luxemburgo já disse que não existe muito tempo para festa. Afinal de contas, o próximo compromisso é na quarta-feira, na Vila Belmiro, diante do Santos, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Ao Ipatinga, além da ótima participação no Campeonato Mineiro, resta a esperança de uma grande campanha na Série B do Brasileirão. O Tigre estreia no sábado, às 16h (de Brasília) em Curitiba, diante do Paraná.



Vanderlei Luxemburgo, como esperado, escalou o Atlético no esquema 4-4-2. Porém, apresentou uma novidade. Júnior, poupado para a partida diante do Santos, ficou no banco. Leandro foi o titular (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado).

O Ipatinga também apresentou novidades. O técnico Gilson Kleina escalou o lateral-direito Afonso como titular. Provavelmente, a intenção era dar mais liberdade para que Luizinho buscasse o ataque.

O Tigre até que começou bem, tentando os ataques, principalmente pela ponta esquerda. Porém, rapidamente, o Galo assumiu o comando das ações e começou a levar perigo ao goleiro Douglas.

Com muita paciência, o Atlético tocava a bola de um lado para o outro, irritando o adversário. Afinal de contas, a vantagem era da equipe alvinegra. As chances, aos poucos, começaram a surgir. Fabiano, cara a cara com o goleiro do Ipatinga, chtuou fraco e desperdiçou excelente oportunidade de abrir o placar.

A partir daí, o time do Vale do Aço começou a marcar melhor, mas perdeu consideravelmente seu poder de ataque. Com isso, o jogo ficou disputado entre as duas intermediárias, sem que os goleiros trabalhassem. O Atlético, da mesma forma que o adversário, também fazia uma marcação muito forte sobre os atacantes do Tigre.

E, a partir da metade do primeiro tempo, o Atlético voltou a dominar o jogo. Com toques rápidos, o Galo forçava o Ipatinga a se desgastar na marcação. Diego Tardelli, mais uma vez, fazia uma partida de destaque, envolvendo os zagueiros do Tigre.

Mas o gol não saiu. Mesmo com a pressão exercida pelo Galo, o 0 a 0 foi um placar que refletiu a superioridade das defesas sobre os ataques no primeiro tempo.


O segundo tempo começou com um lance incrível perdido pelo Galo. Logo aos dois minutos, Fabiano puxou um contra-ataque rapidíssimo, lançou Diego Tardelli que, de primeira, tocou para Muriqui. Sem goleiro, o atacante atleticano conseguiu perder um gol inacreditável, debaixo das traves do Ipatinga.

Com a necessidade de fazer pelo menos dois gols, o Tigre avançou um pouco mais a equipe. Com isso, o Galo teve mais espaços para contra-atacar. As chances de gols de ambos os lados cresceram consideravelmente.

Gilson Kleina, na tentativa de aumentar a força ofensiva do Ipatinga, colocou mais um atacante em campo. Joabe, que não foi bem na partida de ida, no Ipatingão, entrou no lugar de Luizinho, que estava perdido em campo.

Mas a alteração do Tigre não deu certo. Melhor para o Galo. Aos 25 minutos, Muriqui chegou na ponta esquerda e fez um cruzamento perfeito para o meio da área. Diego Tardelli, como um raio, surgiu sem marcação e, com categoria, tocou para o fundo das redes: 1 a 0.


Para completar a festa, o técnico Vanderlei Luxemburgo chamou o atacante Marques. O grande ídolo da massa atleticana entrou na vaga de Muriqui, que perdeu algumas chances claras de gol. O Mineirão praticamente veio abaixo.

E para fechar a festa com chave de ouro, Marques. Aos 42 minutos, o atacante recebeu ótimo passe de Ricardinho e, na saída de Douglas, tocou para as redes: 2 a 0. O veterano tirou a camisa, arrancou o poste da bandeirinha e escreveu, definitivamente, seu nome na galeria dos grandes ídolos da história do Atlético, campeão mineiro de 2010.





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